História, Memória e Identidade Nacional

A memória, onde cresce a história, que por sua vez a alimenta, procura salvar o passado para servir o presente e o futuro.

Ver mais...
História, Memória e Identidade Nacional
close

O historiador Jacques Le Goff reflectiu, de forma assertiva, sobre a relação entre história, memória e identidade: “A memória é um elemento essencial do que se costuma chamar identidade, individual ou colectiva, cuja busca é uma das actividades fundamentais dos indivíduos e das sociedades de hoje, na febre e na angústia […].

A memória, onde cresce a história, que por sua vez a alimenta, procura salvar o passado para servir o presente e o futuro. Devemos trabalhar de forma a que a memória colectiva sirva para a libertação e não para a servidão dos homens.

Enquadramento

Nos primeiros dias de Agosto de 1914, as potências europeias envolveram-se num conflito militar de enormes dimensões, conhecido depois como Grande Guerra.”

Ver mais...
Enquadramento
close

Nos primeiros dias de Agosto de 1914, as potências europeias envolveram-se num conflito militar de enormes dimensões, conhecido depois como Grande Guerra. Logo no início das hostilidades, o Governo inglês solicitou ao Governo português que se abstivesse «por agora de publicar qualquer declaração de neutralidade», tornando-se esta a posição oficial de Portugal — nem neutral, nem beligerante.

Esta situação manter-se-ia até 9 de Março de 1916, dia em que, a seguir ao apresamento dos navios alemães surtos nos portos portugueses feito a pedido da Inglaterra, a Alemanha declarou guerra a Portugal.

O Soldado Desconhecido

Dois Soldados Desconhecidos foram exumados e enterrados no Mosteiro de Santa Maria Vitória, na Batalha.

Ver mais...
O Soldado Desconhecido
close

À semelhança dos rituais da antiguidade, a ideia de apropriação de um Soldado Desconhecido para a Grande Guerra surge inicialmente em França, mas é a Grã-Bretanha que concretiza o fenómeno com a primeira escolha anónima ritualizada de um soldado morto em conflito, colocando-o na Abadia de Westminster, a 11 de Novembro de 1920, data em que a França reproduz o mesmo fenómeno, mas sob o Arco do Triunfo. A este culto indissociavelmente patriótico e fúnebre, representativo de todos os mortos de guerra, associa-se a Chama Eterna, que evoca aos sobreviventes o seu sacrifício, como uma chama viva que se renova, e se funde num gesto quotidiano, partilhado por compatriotas.